Inclusão é um conjunto de fatos que oportuniza a pessoa se sentir respeitada, participante, tendo seus direitos atendidos, podendo cumprir seus deveres enquanto cidadã. Quando existe inclusão efetiva, ninguém discrimina a aparência e origem, apenas valoriza a essência das pessoas e permite que todos participem de tudo a partir de suas capacidades individuais.
Super apaixonante, gratificante! A paixão é tão grande que mesmo depois de aposentar na Educação Física, resolvi continuar com a inclusão no mercado de trabalho que já acompanho há 10 anos. Minha formação em MBA em Gestão de Negócios, Direito, Segurança no Trabalho, Psicopedagogia, Inteligência Emocional, Autoconhecimento estão agregando muito a essa experiência de 31 anos trabalhando com inclusão.
Quando ainda era acadêmica de Educação Física, aos 18 anos, despertei para o trabalho com pessoas com deficiência, mesmo não tendo disciplina voltada para este público na UFJF. Senti como algo que seria minha missão, um desafio. Talvez, ter andado por dois meses e meio em cadeira de rodas e mais dois meses e meio com muletas, me instigou para as dificuldades que as pessoas vivem no dia a dia.
Ver o mundo por meio do olhar das pessoas com deficiência amplia nossa mentalidade. Desenvolvemos nossa empatia. Estimula a solidariedade.
Sempre tive vontade de compartilhar muitas histórias de superação que presenciei e vivencio. Fazendo somente Palestras e Treinamentos, a partilha ficava restrita a um grupo. Ao criar o site pude compartilhar as vivências com um público maior e diversificado.
Alcancei inúmeros objetivos de vida. Por exemplo, aos 10 anos de idade, decidi que faria Educação Física e, aos 20 anos estava com meu Diploma nas mãos. Com essa experiência de vida, mais inúmeros cursos, em 2017, iniciei os trabalhos de Autoconhecimento com clientes que sentem dificuldades de planejar e alcançar seus objetivos.
Oriento através de planejamentos simples, práticas diárias de Gestão e Neurociências para Incluir Positividade e atitudes. Tem sido mais um trabalho apaixonante ao ver clientes alcançando antigos e novos objetivos de vida. Nem sempre as pessoas percebem o que as impede de conquistar suas metas. Às vezes, um olhar de Mentora é suficiente para detectar e ajustar as atitudes mais adequadas. Me realizo muito com as conquistas dos clientes.
Levar informações a lugares distantes, já que o site facilita o acesso de qualquer lugar do mundo.
Mostrar que Autoconhecimento, através das Neurociências e Comportamento, é essencial para que as pessoas possam alcançar seus objetivos na vida.
Captar e incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Ajudar a transformar a vida de pessoas, como a minha foi transformada, com positividade, atitudes e determinação.
Já melhorou bastante. Ainda existem algumas lacunas/gaps. Sinto que a minha experiência de 31 anos nessa área pode contribuir nas dificuldades que as empresas ainda encontram na hora de contratar e manter as pessoas com deficiência na equipe.
Como vê o mercado de trabalho em Juiz de Fora, com relação ao cumprimento da Lei de Cotas?
Sinto necessidade de ajudar os empresários a perceber outra forma de atender a Lei de Cotas, sob um ponto de vista diferenciado e produtivo. Eles se veem obrigados a cumprir a lei, mas não receberam informações de como fazer o preenchimento das vagas reservadas.
Quais são os benefícios para as empresas que contam com pessoas com algum grau de comprometimento?
É mais difícil conviver com quem pensa e tem necessidade diferente da nossa. Muitas pessoas com deficiência têm um sentimento de superação muito grande, isso provoca uma motivação diária. Colaboradores que convivem com elas, começam a se desenvolver da mesma forma e, assim, a produtividade da empresa aumenta, reduzindo as licenças médicas.
Qual a importância do trabalho de Recursos Humanos na inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho?
São profissionais fundamentais no processo de seleção e treinamento. Muitos já despertaram interesse pelo nicho de trabalho da inclusão.
A inclusão diz respeito à sociedade, é responsabilidade de todos. Como podemos fazer nossa parte no dia a dia? Além das medidas que devem ser tomadas pelos órgãos públicos, com relação à mobilidade, quais são os cuidados que todo cidadão deve ter com relação às diferentes limitações?
A partir do momento que cada cidadão se tornar comprometido com a inclusão, o dia a dia de todos, inclusive da pessoa com deficiência, vai melhorar. Como por exemplo, ao colocar caixotes, bicicletas, banners e mesas nas calçadas há o risco de acidente para a pessoa com deficiência visual e as que tem dificuldade de locomoção, inclusive idosos e acidentados. Comerciantes, pedestres, ciclistas, motociclistas, motoristas devem estar atentos a estas e outras questões diárias. É necessário informar a todos de forma periódica. Este é um dos meus objetivos aqui no site, treinamentos e nas palestras.
Como lidar com situações de discriminação quando a pessoa não apresenta características aparentes de comprometimento?
É preciso ter respeito pela fala do outro e bom senso, pois, muitas vezes, as pessoas que usam de má fé para conseguirem benefícios, prejudicam quem, de fato, tem deficiência. Nestes casos, existem pessoas com deficiência que são constrangidas por funcionários do comércio, ou passageiros de ônibus que dizem "Você não tem deficiência porque não estou vendo nada diferente em você". Falta informar que nem todas as deficiências e limitações são visíveis.